A
primeira inseminação artificial de que se tem registro, foi realizada pelos
árabes em 1332, em eqüinos. Porém a primeira inseminação de poder científico,
realizada em 1779, quando um italiano chamado Lázaro Spalanzani, colheu o sêmen
de um cachorro e aplicou em uma cadela em cio, a qual pariu 3 filhotes.
No
final do século XVIII um médico inglês, Hunter, obteve os primeiros resultados.
Nos anos 70 esta técnica foi bastante utilizada de forma não muito precisa,
gerando baixo índice de sucesso. Com a chegada da fertilização "in
vitro" nos anos 80 esta técnica foi temporariamente abandonada e
considerada bastante arcaica. Entretanto, nos dias de hoje, a inseminação
artificial encontra novamente espaço no tratamento de casal infértil.
A
fertilização "in vitro" é indicada para mulheres que tem obstrução
tubária, as mulheres que possuem seqüelas de uma doenças inflamatória pélvica,
mulheres que perderam as trompas, casais que não conseguem engravidar sem causa
aparente e outras questões, como mulheres que nasceram sem útero, entre outras.
A
Inseminação Artificial, por outro lado, tem
como requisitos básicos na mulher a presença
de ao menos uma tuba pélvica e cavidade uterina normal.
Consiste em depositar os espermatozóides, previamente
selecionados, no interior do útero. Existem duas
modalidades de inseminação artificial: Inseminação
Artificial Intra-Cervical (IC). Inseminação
Artificial Intra-Uterina (IU).
A
Inseminação Artificial Intra-Cervical permite
reproduzir as condições fisiológicas
da relação sexual, porém, não
apresenta, teoricamente, nenhum elemento de superioridade
em relação ao ato sexual. É utilizada
em casos de impossibilidade de uma relação
sexual normal ou de uma ejaculação intra-vaginal
(mal-formação sexual; distúrbios sexuais;
distúrbios na ejaculação).
A
Inseminação Artificial Intra-Uterina consiste
em depositar espermatozóides móveis capacitados
(aptos a fertilizar, pós-tratamento do sêmen
em laboratório) no fundo da cavidade uterina após
a indução da ovulação. O mínimo
exigido são 5 milhões de espermatozóides
selecionados ao final do preparo de sêmen no laboratório
A
Inseminação Artificial Intra-Uterina apresenta
algumas vantagens em relação a outra técnica.
·
Não há a necessidade da presença de
muco cervical (o muco cervical é necessário
para migração dos espermatozóides durante
o processo de fecundação natural). Este pode
estar ausente por distúrbios na ovulação
ou alteração anatômica do colo uterino
(pós-cirurgia ou processo infeccioso). Em outros
casos o muco poderá estar presente, porém
pode ser hostil a penetração dos espermatozóides
(acidez ou fator imunológico).
· Como os espermatozóides são injetados além do colo do útero, esta técnica permite ainda aumentar o número de espermatozóides móveis adentrando a cavidade uterina e subseqüentemente, atingir o terço distal da trompa de falópio (local da fecundação), facilitando o encontro do óvulo com o espermatozóide.
· Como os espermatozóides são injetados além do colo do útero, esta técnica permite ainda aumentar o número de espermatozóides móveis adentrando a cavidade uterina e subseqüentemente, atingir o terço distal da trompa de falópio (local da fecundação), facilitando o encontro do óvulo com o espermatozóide.
Esta
técnica é utilizada em casos de incapacidade
do marido/parceiro, ejacular no interior da vagina da sua
parceira, distúrbios ovulatórios; alterações
no muco cervical, que vão impedir a livre penetração
dos espermatozóides no útero; determinadas
alterações na qualidade do sêmen, alterações
nas trompas uterinas, endometriose.
Em
caso de não haver a possibilidade do marido/parceiro
produzir espermatozóides, utiliza-se o esperma doado
um indivíduo.
As
chances de sucesso quando realizada a técnica de
Inseminação Artificial Intra-Uterina é
de aproximadamente 18 a 20%.
Etapas da Inseminação Artificial
É
necessário haver uma estimulação ovariana.
A estimulação é feita através
de hormônios de forma controlada para não ocorrer
a hiperestimulação ovariana e gravidez múltipla.
Associado
a estimulação ovariana, os espermatozóides
são selecionados em laboratório.
O
esperma é formado pelo líquido seminal e pelos
espermatozóides. Na inseminação, os
espermatozóides são separados do líquido
seminal, sendo apenas os espermatozóides utilizados.
Como os espermatozóides são colocados acima
do orifício interno do colo do útero, o líquido
seminal não é necessário porque este
serve como meio de transporte para os espermatozóides.
O líquido seminal é substituído por
um meio de cultura adequado.
O
processo de separação do esperma consiste
na centrifugação do ejaculado em conjunto
com um meio de cultura. Esta centrifugação
faz a separação da parte sólida (espermatozóides
e células) da parte líquida (meio de cultura
e líquido seminal).
Neste processo não é necessário repouso além dos 30
minutos que se seguem à inseminação ou modificação da vida pessoal.
- http://www.ghente.org/temas/reproducao/art_inseminacao.htm
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